Na última sexta-feira
postei o review do excelente
"City (Days)"
(leia na íntegra
aqui),
um dos novos álbuns do Silence. Pois bem, nada mais
natural que eu postasse hoje a resenha de
"City
(Nights)", o segundo trabalho dos franceses que é tão bom quanto o
outro.
Prova disso é a arregaçadora "Drifiting Away",
rocker que abre o álbum com
muita propriedade e que conta com
Tommy Denander na
guitarra solo. A melodia pesada esconde um refrão absolutamente melódico que
merece ser ouvido no volume máximo. Ouça essa canção mais de uma vez e tenho
certeza de que ela será uma de suas favoritas, assim como acontece com
"Ghosts", outro
rocker que mescla elementos
mais conteporâneos e uma melodia agressiva com as melhores bases do bom e velho
AOR. O resultado é um rocker contagiante onde peso e melodia andam de
mãos dadas em perfeita harmonia. Já
"Taste Of The Past"
é um mid-pacer mais tradicional, com uma linha de baixo em primeiro
plano servindo de base por onde guitarras pontuam a melodia de maneira precisa.
O refrão é envolvente, assim como a melodia que te conduz facilmente nesse que é
um dos destaques do álbum. Ouça sem a menor moderação e deixe o volume no máximo
para curtir "Crashing Down", um excelente
radio
friendly Melodic Rock temperado com doses generosas de AOR. Me agrada demais
todo o trabalho das guitarrase a melodia, absolutamente contagiante, assim como
o refrão arrepiante. Outro grande destaque do álbum...
Seguimos com
"Memory Of Blue
Eyes" e os bons sons continuam presentes nesse ótimo
radio friendly
AOR de arrepiar o rabo da raposa. Ampla linha de baixo com guitarras
precisamente dispostas ao longo da melodia crescente que culmina em um refrão
explosivo. Eis aqui mais um destaque do álbum e acredite, a bacanérrima
"Someday" não fica muito atrás. Um
rocker muito
bacana e com melodia um pouco previsível, mas isso não tira nenhum pouco do
brilho da canção. Me agrada a variação no andamento e o refrão é consistente e
marcante. Mais uma bela canção no tracklist que merece a sua atenção,
assim como "Insomnia" e suas guitarras cortantes.
Gosto da aura levemente soturna que a melodia carrega e da virada melódica que a
canção dá no refrão. A cada vez que ouço essa canção curto mais e recomendo à
vocês múltiplas audições também. Outra bela surpresa vem com
"Promised Land", outro
mid-pacer arrebatador e
com sonoridade mais contemporânea, mas com base melódica bem tradicional, onde
guitarras desfilam ora delicadas, ora mais agressivas, mas sempre com classe. O
refrão é excelente e o conjunto certamente agradrá aos mais exigentes amantes
dos bons sons. Ouça sem moderação...
Na reta final do álbum temos a destruidora
"Just One Kiss", um
rocker empolgante - com a
assinatura de Frédéric Slama - que conta com um
refrão memorável e contagiante, da mesma maneira que
"Out Of The Dream", canção que se alterna entre o
mid-pacer nos versos e o AOR no refrão explosivo. O álbum chega ao seu
final com "(Goodbye To) The Good Old Days", uma balada que se transforma num
radio friendly
AOR ao longo do solo de guitarra, retornando ao seu estado natural em
seguida e permanecendo assim até o final. Canção bacana, mas que poderia ter
optado entre uma coisa ou outra...
Em resumo, nibelungas e nibelungos, esse é outro
álbum que não pode faltar em sua coleção. O conjunto de canções apresentado aqui
é simplesmente maravilhoso, e fica clara a tendência mais melodic rock desse
conjunto de material em comparação com o outro álbum. Quem ganha com isso somos
nós, que temos dois belíssimos trabalhos do mesmo projeto, com tratamentos
melódicos differentes entre si, mas ambos transbordando qualidade. Por isso,
"City (Nights)" também é um daqueles álbuns que não
podem faltar na sua coleção.
Released on April 05th 2012, via Perris
Records
11 (Goodbye To) The Good Old
Days
Ben Venet: vocals, guitars
Bruno Levesque: vocals, keyboards, bass, drums,
saxophone on "Out Of The Dream"
Tommy Denander: solo guitar on
"Drifting Away"
Eriq Dupre: second solo guitar on
"(Goodbye To) The Good Old
Days"
Denis Paufique:
solo guitar on "Someday"
A França tem umas coisas bacanas em relação a música
e o Silence é prova disso. Depois de um hiato de
quatro anos e cinco álbuns no currículo, os talentosos Bruno Levesque e Ben
Venet resgataram o projeto das sombras e retornaram com dois álbuns
simultâneos que contam com a luxuosa presença de Tommy
Denander. E para celebrar o retorno do Silence, hoje falaremos de "City (Days)". E se prepare porque o material é de
alta qualidade, como era de se esperar...
O álbum abre com "Beggar's
Day", um radio friendly rocker que me lembra muito o Danger Danger (especialmente na construção melódica
das canções). Guitarras em abundância, versos curtos e diretos e um refrão
explosivo fazem dessa canção um o cartão de visitas do álbum. Ouça se moderação
e já deixe o volume nas alturas porque em seguida chega "Father", com uma sonoridade que remete a Stan Bush. Nada mal, hein??? Pois a canção tem linha
de guitarra intermitente, seguida por teclados discretíssimos e linha de baixo
pulsante. Todos esses elementos compõe uma das melhores melodias no álbum, cujo
refrão é de arrepiar e, por isso mesmo, temos aqui um dos grandes destaques
desse trabalho. Ouça de janelas abertas, volume máximo e prepare-se para "Footprints" com seu loop introdutório
acompanhado de teclados delicados, baixo marcante e vocais suaves. As guitarras
são estrategicamente postadas e a melodia é retirada da cartilha mais
tradicional do AOR, o que excelente. Um mid-pacer nos moldes clássicos,
com ótima melodia, métrica certeira e refrão fácil fazem dessa canção outro
destaque desse álbum. Outro mid-pacer bacana se apresenta em "Brand New Start", onde o baixo aparece em primeiro
plano tendo sua base pontuada por guitarras caprichosamente desleixadas e
arranjo bastante simples. Gosto bastante da melodia e do refrão com backing
vocals breves. Bela canção que vem crescendo em meu conceito a cada nova
audição.
Já "Jenny" tem uma base
de teclados bem bacana por onde baixo e guitarra desfilam acompanhadas por
outros teclados menos evidentes, mas igualmente importantes. O arranjo é muito
bacana e me agradou logo na primeira audição, da mesma maneira que o refrão
marcante. E mesmo sendo mais um mid-pacer, não espere uma cópia dos
outros dois. São canções com bases semelhantes (não idênticas) e todas tem
características distintas entre elas. Então os franceses resolveram se arriscar
e regravaram "Guardian Angel", belíssima canção do
meste Mark Spiro. E sabe que os caras acertaram a
mão?!?!?!? Claro, foram inteligente o suficiente para não 'inventar' nada com a
canção e a mantiveram com seu arranjo original. E como fã de carteirinha de Mr.
Spiro desde 1994, atesto a qualidade dessa cover, coisa que não acontece
com frequência, vocês sabem. Mudando a direção melódica do álbum temos "End Of The Day", um belíssimo mid-pacer onde
as guitarras assumem a frente, mas tendo teclados bem inseridos na melodia e
contando com uma linha de baixo consistente, que amarra tudo perfeitamente. Me
agrada demais a melodia, métrica e arranjo dessa canção, sem contar na
interpretacáo de Ben Venet. Aponto essa canção como
mais um grende destaque desse álbum sem medo de errar. E quase que na mesma
esfera melódica temos a bacanérrima "Lift Me Up",
mid-pacer maravilhoso (o melhor entre todos, pode apostar) onde Mr. Venet
faz dueto com sua irmã, Justine Venet. Essa
informação me foi passada pelo próprio Bruno
Levesque, já que tal dado não consta nos créditos do álbum. A melodia é
arrepiante, com linha de baixo pesada, guitarras precisamente dstribuídas e
teclados ocasionais que só acrescentam brilho ao que já era excelente. Ouça sem
moderação...
Na reta final do álbum temos "Daydreaming", um radio friendly rocker muito
bacana, com sonoridade mais contemporânea dentro de um arranjo tradicional. O
resultado me agradou e recomendo à vocês, assim como recomendo "Business" e suas guitarras cuidadosamente fora de
controle. O arranjo é bacana e me agradou bastante a linha das guitarras e o
refrão explosivo, sem contar que a interpretação de Mr. Venet nessa canção é uma
das melhores em todo o álbum, assim como acontece em "Waiting For Dawn (Lullaby)", uma linda balada, com
arranjo intimista e melodia envolvente. Aqui temos mais um destaque do álbum e
uma boa escolha para fechar o trabalho. Ouça acompanhado, se possível...
hehehehe.
Em resumo, caríssimas e caríssimos, afirmo que,
pessoalmente, valeu a pena esperar pelo retorno do Silence. Apesar de não ser um trabalho monumentalmente
diferente dos álbuns anteriores, "City (Days)" tem
suas características próprias e não soa previsível em momento algum. Me agradou
demais as variações melódicas dentro do trabalho, mas concordo que o
tracklist poderia ter sido melhor distribuído, evitando deixar canções
com tratamento melódico semelhante próximas umas das outras. Mas apesar disso, o
álbum vale muito a pena e traz AOR da melhor qualidade, com melodias excelentes,
interpretações surpreendentes e canções muito, mas muito bacanas. Fica a
dica...
Released on April 05th via Perris
Records
01 Beggar's Day
02 Father
03
Footprints
04 Brand New Start
05 Jenny
06 Guardian
Angel
07 The End Of The Day
08 Lift Me Up
09
Daydreaming
10 Business
11 Waiting For Dawn (Lullaby)
Ben Venet: vocals,
guitars
Bruno Levesque: guitars, keyboards, bass, drums
Tommy Denander:
solo guitar on "Drifting
Away"
Justine Venet: guest vocals
on "Lift Me Up"